DE TIRAR O SONO
Quase caí pra trás ao ler na internet uma entrevista com a dra. Ângela Beatriz Lana sobre casais que sofrem de distúrbios do sono. Diz ela que cerca de 40% dos pacientes resolveram dormir em camas ou quartos separados, o que me pareceu uma decisão bastante sensata, mas ficam tão constrangidos com a situação que quase nenhum admite isso para a família.
Não é espantoso as pessoas se envergonharem por fazerem o que é melhor para elas? Afinal, não conseguir dormir direito ao lado do parceiro é um dos poucos problemas na cama que nada têm a ver com desamor ou falta de desejo – sem falar que também não é da conta de ninguém, além dos dois diretamente interessados e de seus médicos.
Acontece, porém, que muita gente ainda acredita que abandonar o chamado leito conjugal seja sinal de que um não está mais nem aí para o outro. Como se fosse impossível (ou no mínimo um absurdo) os apaixonados não acharem o maior barato passar todas as noites do resto da vida bem juntinhos.
Não é espantoso as pessoas se envergonharem por fazerem o que é melhor para elas? Afinal, não conseguir dormir direito ao lado do parceiro é um dos poucos problemas na cama que nada têm a ver com desamor ou falta de desejo – sem falar que também não é da conta de ninguém, além dos dois diretamente interessados e de seus médicos.
Acontece, porém, que muita gente ainda acredita que abandonar o chamado leito conjugal seja sinal de que um não está mais nem aí para o outro. Como se fosse impossível (ou no mínimo um absurdo) os apaixonados não acharem o maior barato passar todas as noites do resto da vida bem juntinhos.
Quando excesso de romantismo e falta de informação saem por aí de braço dado, o resultado costuma ser uma roubada. Este é um caso típico porque, ao contrário do que se pensa, uma das maiores provas de amor que alguém pode dar é trocar a cama de casal por duas de solteiro. E, se as almas gêmeas em questão têm hábitos noturnos muito diferentes, quartos separados são a salvação da pátria – ou até, quem sabe, da relação.
A grande verdade, garantem os especialistas, é que não nascemos para dormir acompanhados. Por um simples motivo: nossa qualidade de vida depende em grande parte de noites tranquilas, o que dificilmente acontece se não estamos sozinhos. Não falo de parceiros que roncam, levantam milhões de vezes para ir ao banheiro, acendem a luz na cara da gente, ficam se virando de um lado para o outro, falam quando sonham, puxam toda a coberta para eles, chutam, ocupam mais espaço do que têm direito... Estes, sem dúvida, dão nos nervos. O problema é que os “quietinhos” podem ser igualmente incômodos, só que a gente não percebe.
A grande verdade, garantem os especialistas, é que não nascemos para dormir acompanhados. Por um simples motivo: nossa qualidade de vida depende em grande parte de noites tranquilas, o que dificilmente acontece se não estamos sozinhos. Não falo de parceiros que roncam, levantam milhões de vezes para ir ao banheiro, acendem a luz na cara da gente, ficam se virando de um lado para o outro, falam quando sonham, puxam toda a coberta para eles, chutam, ocupam mais espaço do que têm direito... Estes, sem dúvida, dão nos nervos. O problema é que os “quietinhos” podem ser igualmente incômodos, só que a gente não percebe.
O fato de muitas pessoas não se darem conta de que o parceiro atrapalha talvez explique a insistência em dividir a mesma cama. Pensar em cair fora dá até uma certa culpa. Mas o dr. Neil Stanley, especialista e ex-presidente da Sociedade Britânica do Sono, e o sociólogo inglês Robert Meadows, da Universidade de Surrey, acabam de fazer uma pesquisa cujos resultados são literalmente de dar insônia.
Casais que dormem juntos correm 50% mais risco de desenvolverem distúrbios associados com depressão, doenças cardíacas e pulmonares, derrames, dificuldade de concentração que pode causar acidentes de trânsito ou de trabalho. Numa noite típica, mesmo os parceiros mais sossegados costumam acordar o outro seis vezes. Isto, sem contar os chamados microdispertares que acontecem quando, por exemplo, o(a) amado(a) dá aquela puxadinha básica na coberta. A “vítima” não chega a acordar, mas seu sono profundo e restaurador dá uma espécie de marcha a ré para um estágio mais superficial. Se considerarmos que isto acontece em média entre 20 e 30 vezes por noite, já viu, né?
Casais que dormem juntos correm 50% mais risco de desenvolverem distúrbios associados com depressão, doenças cardíacas e pulmonares, derrames, dificuldade de concentração que pode causar acidentes de trânsito ou de trabalho. Numa noite típica, mesmo os parceiros mais sossegados costumam acordar o outro seis vezes. Isto, sem contar os chamados microdispertares que acontecem quando, por exemplo, o(a) amado(a) dá aquela puxadinha básica na coberta. A “vítima” não chega a acordar, mas seu sono profundo e restaurador dá uma espécie de marcha a ré para um estágio mais superficial. Se considerarmos que isto acontece em média entre 20 e 30 vezes por noite, já viu, né?
Uma última informação para quem começa a considerar a possibilidade de uma separação de corpos, pelo menos durante a noite: quando você divide uma cama de casal padrão, seu espaço útil para descansar é nove centímetros menor do que aquele que tem uma criança toda feliz da vida num colchão infantil. Coisa de louco!