MELHOR DO QUE SEXO
Woody Allen disse certa vez que “deve existir coisa melhor do que sexo, só não consigo me lembrar de nenhuma”. Um jeito light de apregoar que era macho para ninguém botar defeito. Mas pode apostar que ele mentiu.
Não necessariamente sobre a macheza, sobre a amnésia. Especialistas garantem que, com exceção dos raríssimos fissurados que só conseguem pensar naquilo, todo mundo tem uma preferência que pelo menos empata com o gosto por transar. E quem esquece uma coisa dessas?
Acontece que confessar pode pegar mal. A não ser que ninguém fique sabendo. Justamente por garantirem o anonimato dos entrevistados, as pesquisas sobre o assunto estão entre as mais confiáveis. Para muita gente são uma chance única de mandar o patrulhamento para o inferno e contar toda a verdade.
Não necessariamente sobre a macheza, sobre a amnésia. Especialistas garantem que, com exceção dos raríssimos fissurados que só conseguem pensar naquilo, todo mundo tem uma preferência que pelo menos empata com o gosto por transar. E quem esquece uma coisa dessas?
Acontece que confessar pode pegar mal. A não ser que ninguém fique sabendo. Justamente por garantirem o anonimato dos entrevistados, as pesquisas sobre o assunto estão entre as mais confiáveis. Para muita gente são uma chance única de mandar o patrulhamento para o inferno e contar toda a verdade.
Assim ficamos sabendo que seis em cada dez europeus trocam alegremente a cama pela numerada do estádio se o jogo de futebol prometer fortes emoções, mesmo que não seja do time deles. Esta é a média. Puxada para cima pelos suecos: 95% não trocam uma bola rolando por deitar e rolar. Seguidos pelos espanhóis, de certa forma até mais radicais porque para 75% deles deixarem as mulheres na mão basta ter futebol na tevê.
Em compensação, elas não estarão nem aí para tal “rejeição” se tiverem uma barra de chocolate para matar o desejo. Pesquisa on-line de múltipla escolha feita pelo Instituto Dadosclaros da Argentina respondida por 3 500 mulheres de 13 países mostrou que para 83,6% não existe nada neste mundo mais gostoso e irresistível do que chocolate. As brasileiras estão no topo da lista das gulosas (93,3%), e na contagem geral o sexo perdeu para compras, buquês de flores e um bom jantar.
Sabe o que os ingleses mais gostam de fazer na cama? Em primeiro lugar, o óbvio: dormir. Em mísero décimo lugar, a surpresa: transar. Conversar ao telefone e até mesmo trabalhar foram mais votados pelos dois mil homens e mulheres entrevistados pela empresa Sharps, especializada em decoração e acessórios para quarto.
Dos Estados Unidos também chegam notícias sobre prazeres insuspeitados. Olha o que mil mulheres das dez maiores cidades americanas disseram para pesquisadores da multinacional Unilever (que produz de alimentos a xampu): pouco mais de 50% passariam 15 meses sem sexo em troca de um guarda-roupa completo.
Por aqui, sexo também não está com essa bola toda, segundo uma pesquisa nacional organizada por Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade da Faculdade de Medicina da USP, com apoio do laboratório Pfizer (o do Viagra). No Rio, onde teve o melhor desempenho, perde para “alimentação saudável” na opinião dos cariocas e para “mais horas de sono” e “exercícios físicos” na opinião das cariocas.
A coisa fica realmente feia em Salvador e Fortaleza: numa lista de 10 itens fundamentais para a qualidade de vida, as mulheres colocaram o sexo em nono lugar. Mais desprestigiado do que isto, só entre as mulheres do Amazonas – lá ficou em último.
Por essas e outras, não houve grande repercussão quando, durante a festa da Fifa em Zurique, Paulo Coelho se entusiasmou com a escolha do Brasil para sediar a próxima Copa a ponto de garantir que Copa do Mundo de Futebol é melhor do que sexo. Para muita gente, é mesmo, claro que é.
Também não houve maior comoção entre os fãs por Madonna declarar a mesma preferência a respeito dos
super-exclusivos sapatos do estilista espanhol Manolo Blahnik. No caso dela – com aquela imagem sexualmente acima de qualquer suspeita --, porque ninguém acreditou.
Só podia estar fazendo gênero. Será?