HOMENS,
ESSES INJUSTIÇADOS...
Para muitos homens, cabeça de mulher é um mistério profundo que nem adianta tentar decifrar. Podem até estar cobertos de razão, mas é bom lembrar que não temos o monopólio da complicação; a cabeça deles também não chega a ser um livro aberto.
Não vai nisso nenhuma crítica. Pelo contrário, minha intenção é mostrar, baseada em recentes novidades científicas, que os pobres passam a vida sendo tão incompreendidos e injustiçados como a gente.
Por exemplo, em vez de cínica falta de caráter, sua famosa tendência à infidelidade tem a ver com uma predisposição genética. Pelo menos, é o que jura de pés juntos o pesquisador sueco Hasse Walum, que descobriu no DNA masculino – e só no masculino -- uma espécie de gene da promiscuidade.
Não significa, porém, que generalizações do tipo “homem é tudo igual” sejam justas porque apenas 40% nascem com essa praga biológica; logo, os desfrutáveis congenitamente avessos a compromisso são minoria.
Não vai nisso nenhuma crítica. Pelo contrário, minha intenção é mostrar, baseada em recentes novidades científicas, que os pobres passam a vida sendo tão incompreendidos e injustiçados como a gente.
Por exemplo, em vez de cínica falta de caráter, sua famosa tendência à infidelidade tem a ver com uma predisposição genética. Pelo menos, é o que jura de pés juntos o pesquisador sueco Hasse Walum, que descobriu no DNA masculino – e só no masculino -- uma espécie de gene da promiscuidade.
Não significa, porém, que generalizações do tipo “homem é tudo igual” sejam justas porque apenas 40% nascem com essa praga biológica; logo, os desfrutáveis congenitamente avessos a compromisso são minoria.
Também não é prova explícita de babaquice ficarem imbecilizados diante de mulher bonita. Acontece que o reflexo faz com que se esforcem para agradar e acabam queimando a mufa. Isso ficou claro numa pesquisa holandesa na qual voluntários faziam um teste de memória, passavam sete minutos conversando com uma beldade e voltavam a fazer o tal teste.
Todos se deram mal na segunda tentativa porque sua atividade cerebral estava no fundo do poço. Como no caso da infidelidade genética, o emburrecimento temporário só acontece com eles; o raciocínio de mulheres testadas não foi afetado pela presença nem pelo papo de um bonitão.
Todos se deram mal na segunda tentativa porque sua atividade cerebral estava no fundo do poço. Como no caso da infidelidade genética, o emburrecimento temporário só acontece com eles; o raciocínio de mulheres testadas não foi afetado pela presença nem pelo papo de um bonitão.
Aliás, não são somente as deusas que dão curto-circuito no cérebro masculino. Cientistas da Universidade de Colúmbia demostraram o que os donos de cassinos já sabem há séculos.
O contato físico (qualquer um, até um tapinha nas costas) com uma mulher (qualquer uma, até um jaburu) enche a bola da rapaziada a ponto de se acharem o máximo e cometerem temeridades gênero apostar na roleta o que tem e o que não tem – e aí está a razão de haver sempre uma garota solícita incentivando os jogadores.
Tal “coragem virtual” pode ser resquício da infância, quando o toque da mamãe passa para o menino uma sensação de segurança, de que nada de ruim pode acontecer. Quer dizer, não são metidos a besta, são infantis, tadinhos...
O contato físico (qualquer um, até um tapinha nas costas) com uma mulher (qualquer uma, até um jaburu) enche a bola da rapaziada a ponto de se acharem o máximo e cometerem temeridades gênero apostar na roleta o que tem e o que não tem – e aí está a razão de haver sempre uma garota solícita incentivando os jogadores.
Tal “coragem virtual” pode ser resquício da infância, quando o toque da mamãe passa para o menino uma sensação de segurança, de que nada de ruim pode acontecer. Quer dizer, não são metidos a besta, são infantis, tadinhos...
Outra injustiça que costumamos cometer com essas doces criaturas é achar que não passam de uns brutos insensíveis, enquanto nós somos pura emoção. Acontece exatamente o contrário, informa pesquisa da Universidade Lund (Suécia) publicada no Scandinavian Journal of Psychology.
Na verdade, os meninos são mais emotivos e expressam mais o que sentem do que as meninas. Com o tempo, aprendem que tal comportamento não é considerado másculo e se tornam mestres em fazer de conta que não estão nem aí.
Monitorando de perto as expressões faciais masculinas, os cientistas descobriram que adultos têm reações emocionais violentíssimas mas que duram poucos segundos, o tempo necessário para o cérebro perceber e avisar “êpa, isso não é coisa de macho!!!”. Aí, como num passe de mágica, surge a máscara de frieza que os suecos chamaram de “cara de jogador de pôquer”.
Ser obrigado a ficar se segurando desse jeito tem pelo menos duas vantagens: os homens evitam brigas inúteis e ao mesmo tempo, com a adrenalina em ponto de bala, estão sempre prontos para enfrentar desafios ou ameaças pelos quais valha a pena lutar. É moleza?
Na verdade, os meninos são mais emotivos e expressam mais o que sentem do que as meninas. Com o tempo, aprendem que tal comportamento não é considerado másculo e se tornam mestres em fazer de conta que não estão nem aí.
Monitorando de perto as expressões faciais masculinas, os cientistas descobriram que adultos têm reações emocionais violentíssimas mas que duram poucos segundos, o tempo necessário para o cérebro perceber e avisar “êpa, isso não é coisa de macho!!!”. Aí, como num passe de mágica, surge a máscara de frieza que os suecos chamaram de “cara de jogador de pôquer”.
Ser obrigado a ficar se segurando desse jeito tem pelo menos duas vantagens: os homens evitam brigas inúteis e ao mesmo tempo, com a adrenalina em ponto de bala, estão sempre prontos para enfrentar desafios ou ameaças pelos quais valha a pena lutar. É moleza?