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GETÚLIO VARGAS - APRENDENDO COM OS ERROS                                            Adriano Benayon (*)

11/9/2015

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          Agosto de 1954 foi o marco para a destruição do desenvolvimento do País, que o presidente Vargas entendia, corretamente,  só ser possível havendo autonomia nacional.

 

2. Ele conduzia o País na direção do desenvolvimento, o que tornou o alvo a abater pelo império angloamericano. Documentos históricos provam ter sido Vargas derrubado duas vezes (1945 e 1954), por intervenções das potências angloamericanas (EUA e Reino Unido).

 

 3. Isso corresponde à lógica imperial: era-lhes  intolerável o surgimento de uma potência no Hemisfério Sul e no "Hemisfério Ocidental". Geopolítica pura.

 

 4. O objetivo foi atingido por intermédio de agentes locais - pagos ou não, conscientes ou não -, como jornalistas, políticos e militares, os quais apareceram mais que aquelas potências diante do público.

 

 5. Pensando nos que contemplam lutar pela sobrevivência do País, discuto neste artigo erros de Vargas que contribuíram para o êxito dos inimigos do País.

 

6. Desfazendo mitos, rejeito a versão rósea e insustentável – embora geralmente aceita - de que o suicídio do presidente e a carta-testamento teriam impedido os golpistas de fazer prevalecer suas políticas. Veja-se  o título de um dos livros sobre o presidente:  "Vitória na Derrota - A Morte

de Getúlio Vargas."

 

7.  É verdade que a tragédia revelou o profundo amor do povo a Getúlio.  Durante, pelo menos, quinze dias, o povo reagiu,  até com violência, fazendo se esconderem desafetos e caluniadores de seu líder.

 

8. Entretanto, o presidente não havia organizado o povo, nem formado seguidores para liderá-lo após sua morte. O único talvez com têmpera para isso, Brizola, ainda era um jovem deputado estadual.

 

 9. Devido a esse vácuo, o furor popular arrefeceu, Eugênio Gudin e Otávio Bulhões, ligados  à finança britânica, foram designados para comandar a economia e instituíram a política antinacional destinada a acabar com a autonomia industrial e tecnológica do País.

 

 10. Em janeiro de 1955, Foram baixadas as Instruções 113 e seguintes, da SUMOC, e mais medidas para entregar a economia ao controle dos cartéis transnacionais, com subsídios incríveis. Desde 1956, essa política foi aplicada intensivamente por JK e nunca mais revertida.

 

11. É óbvio que a versão conformista interessa aos simpatizantes do império. Mas, paradoxalmente, predomina também entre a maioria dos admiradores e supostos seguidores de Vargas.

 

12. De resto, as atitudes políticas de muitos desses demonstram terem sido infieis ao nacionalismo do presidente, fosse por  ingenuidade,  covardia, falsidade ou até por colaboração interessada com o sistema de poder transnacional.

13. Entre os erros fatais de Getúlio esteve admitir a falsa - ou, no mínimo, irrelevante - pecha de ter sido ditador.

 

14. Queixavam-se de ele ter ficado 15 anos consecutivos na presidência, de 1930 a 1945, e o acusavam de tencionar voltar a ser ditador, mesmo quando eleito pelo voto direto, em 1950.

 

15. Na realidade, o espírito de Vargas era conciliador. Não, revolucionário.  Assumira a liderança da revolução de 1930, por ser  o político mais proeminente do Rio Grande do Sul. Outros foram mais ativos no movimento.

 

16. À frente de uma revolução, tinha de comandar um governo autoritário e designar interventores nos Estados, a maioria tenentes, que simbolizavam o apoio do Exército ao movimento, além de ideais de mudança política e social.

 

 17. Nos primeiros meses de 1932 Vargas já promulgara a nova lei eleitoral e marcara para 03.05.1933 as eleições para a Assembleia Constituinte. Sem razão, em julho de 1932  foi desencadeada a revolução "constitucionalista", na verdade,  um movimento liderado pela oligarquia paulista vinculada aos interesses britânicos.

 

18. A Constituição de 1934 estabeleceu eleição indireta para a presidência da República. Eleito Vargas, não cabe qualificá-lo de ditador.

 

 

19. Durante o prelúdio da 2ª Guerra Mundial, novembro de 1937, um ano após a tentativa comunista de novembro de 1935, veio, por iniciativa de oficiais do Exército, o golpe criando o "Estado Novo", com o objetivo de reprimir os comunistas.

 

 

20. Portanto, Vargas só poderia, em tese, exercer dois mandatos em condições democráticas. O primeiro, quando presidente constitucional, de 1934 a 1937, interrompido pelos chefes militares.

 

21. O modelo político-econômico do Estado Novo combinou conceitos que Vargas e o General Góis Monteiro haviam formulado em 1934, sendo a ideia básica  o desenvolvimento industrial sob a direção do Estado.

 

22.  No final do Estado Novo e no mandato ganho em 1950 - e abortado pelo golpe de 1954 -  Getúlio preocupou-se em desmentir a imagem de ditador. Foi demasiado tolerante - e até complacente - diante das agressões, complôs e conspirações.

 

23. O problema era que sempre esteve sob fogo do império angloamericano, inconformado com a permanência de uma liderança no Brasil capaz de conduzi-lo ao desenvolvimento.

 

24. Embora exalte sempre o presidente Vargas, vejo uma contradição entre seu temperamento conciliador e a consciência, que tinha, de ser a autonomia nacional indispensável para realizar o desenvolvimento.

 

25. Sendo essa a via escolhida, não havia campo para facilitar as ações subversivas de seus adversários. Ademais, enfrentava-se um império mundial n vezes mais poderoso que o Brasil: financeira, industrial e militarmente.

 

26. Em 1952, Vargas ajudou o inimigo ao não prestigiar o Ministro do Exército, Estillac Leal, quando os quintas-colunas Góis Monteiro e João Neves da Fontoura "negociaram" com os EUA o famigerado acordo militar pelas costas de Estillac.

 

 27. Com isso, este se demitiu do ministério e foi perseguido, nas eleições para o clube militar,  por oficiais golpistas, cujas pressões sobre Leal e partidários deste determinaram sua derrota.

 

28. Novamente, em 1953, o presidente mostrou pulso fraco, não mandando punir os coroneis signatários do manifesto contra o reajuste do salário-mínimo. 

 

 29. Daí, a conspiração de agosto de 1954 encontrou-o enfraquecido, quando implicaram a guarda pessoal do presidente no assassinato do Major Vaz, da Aeronáutica, em esquema montado para fazer crer que o alvo do crime fosse o virulento jornalista e deputado Carlos Lacerda.

 

30. O crime foi articulado sob a direção de Cecil Borer, titular da DOPS - Delegacia de Ordem Política e Social, em que ingressara, em 1932,  com o Chefe-de-Polícia, também pró-nazista, Filinto Muller.

 

31. Borer continuou com Dutra, simpatizante fascista. Vargas  não  o substituiu,  em 1950, não obstante saber que os nazi-fascistas, então, colaboravam intensamente com os serviços secretos angloamericanos.

 

32. Getúlio também foi imprevidente, ao nomear o  jovem - e sempre acomodador - deputado Tancredo Neves para o ministério da Justiça, ao qual se subordina a Polícia. Deviam ter impedido as ilegalidades do inquérito policial-militar.

 

33. A própria instauração do IPM, uma semana após o atentado, significou quebra da autoridade do presidente, concedida por este próprio.

 

 34. Mesmo tendo logrado distorcer os fatos, através da ação combinada do DOPS e da Aeronáutica, e da campanha da mídia, os conspiradores não teriam conseguido derrubar Vargas, se ele não se tolhesse por preconceitos ideológicos de seus adversários.

 

 

35.  Teria lutado para inteirar-se da verdade e fazê-la conhecer. Se esta já não lhe interessava - por estar cansado e decepcionado - certamente era do interesse do povo. O Brasil precisava dela.

 

 36. Getúlio podia ter feito prevalecer os interesses do País,  apoiado pela Vila Militar, no Rio, onde estavam os tanques.  Essa era sua obrigação perante o Brasil, como em 1945, quando da anterior deposição por militares manipulados por potências estrangeiras.

 

 

 37. Então, o pretexto foi a intenção de continuar no poder, falsamente atribuída a Vargas. Tanto não a tinha, que - além de ter convocado eleições e não ser candidato -, Getúlio dissuadiu de subjugar o golpe os chefes militares que tinham poder de fogo e faziam questão fazê-lo, não fosse a

ordem contrária do presidente, sob a irrelevante justificativa de não querer o derramamento de sangue.

 

38.  Isso não estava em questão, pois, dada a superioridade de forças dos legalistas, os golpistas se retrairiam. Vide Hélio Silva: "1945 Por Que Depuseram Vargas" - Civilização Brasileira 1976, pp. 253/4, em que reporta o apoio ao presidente do Gen. Odylio Denys, então Comandante da Polícia

Militar, e do Marechal Renato Paquet, Comandante da Vila Militar.

 

39. Consequência da saída de Getúlio,  por desapego ao poder, e sem substituto à altura, resultou, de 1945 a 1950, a  interrupção do desenvolvimento do País: o Mal. Eurico Dutra, vencedor das eleições, graças a Vargas,  traiu os votos, sendo subserviente às potências angloamericanas.

 

41. Durante a 2ª GM, Vargas reduzira a quase zero a dívida externa e acumulara reservas cambiais. Dutra as dilapidou com importações supérfluas. Prejudicou a industrialização e dissipou as divisas congeladas pelo Reino Unido, "em troca" de ferrovias obsoletas, do Século XIX.

 

42. O custo do golpe de 1954 foi muitíssimo mais alto: a entrega subsidiada da indústria ao controle do capital estrangeiro, o que  inviabiliza, até hoje,  o desenvolvimento. Isso só pode ser revertido através de transformações estruturais profundas.

 

 

43. De fato, a dependência do País não cessou de aumentar, desde a legislação dos pró-imperiais instalados com o golpe, a qual foi aplicada e ampliada por JK -  outro que traiu os votos getulistas e iniciou a sequência de crises que até hoje persegue o País.

 

 

* - Adriano Benayon é doutor em economia pela Universidade de Hamburgo e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.
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POEMA DE CELSO JAPIASSU

28/8/2015

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Vana Verba

Nada se repete e quando o faz

o seu sentido

perde-se na bruma.

Haverá sempre uma palavra silente

sobre as coisas ditas,

uma palavra candente

sobre as coisas ditas,

sobre o silêncio repetido.

E nada é repetido. Nada é visto

nas savanas, nos horizontes longínquos,

nas planícies que enchem o pensamento

do homem, seu desejo e sua sina.

Somente a carga de sentidos

camuflados em sentidos,

em sensações perversas

castigadas pela sombra de vogais

que se erguem escondidas.

Estes disfarces refletidos

destacam sua própria semelhança

com segredos nunca revelados.

Repousam no som dos nossos gritos,

no ritmo louco, atropelado, engasgando palavras

e palavras nunca ditas, mudas como um chão de vidro.
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DIAS DA SEMANA

28/8/2015

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(Mensagem de José Augusto Carvalho ao Roldão)

 
Foi a partir dos dias em que durava cada fase da Lua que se estabeleceu a semana hebdomadária, isto é, com sete dias, o que foi legalizado pelo Concílio de Niceia, em 325. A contagem numérica dos dias da semana começou pela tradição cristã antiquíssima de numerar os dias a partir do sábado. O domingo seria a “prima sabbati”, isto é, o primeiro dia depois do sábado; o dia seguinte seria “secunda sabbati”, etc. O domingo era o dia do Senhor (em latim: Dominus). O primeiro a chamar “dia do Senhor” ou “Domingo” a um dia da semana foi São Justino, fundador da primeira escola cristã em Roma, onde foi martirizado no ano 165. Foi o Papa São Silvestre que determinou que não se desse número ao domingo.           
 

Nem toda semana foi hebdomadária. O calendário da Revolução Francesa dava ao mês a duração de 30 dias divididos em três semanas de dez dias, em que os domingos foram abolidos por sua característica religiosa. Os dias da semana eram assim chamados: primidi, duodi, tridi, quartidi, quintidi, sextidi, septidi, ocitidi, nonidi e decadi.


O equivalente a “feira”, mercado, em latim, era a palavra nundinae (o feirante era o nundinator). O nome atual feira é alteração de feriae (nome feminino plural que designava  férias, descansos, donde a palavra feriado). Domingo era dia de descanso, “feira”. Os agricultores se reuniam aos domingos depois da missa no adro das igrejas para venderem seus produtos. Feira, descanso, passou a significar comércio. A segunda-feira seria o segundo dia de feira. A expressão “freguês”, cliente comercial, vem do latim “filius ecclesiae”, isto é, filho da Igreja. Até hoje se usa a palavra “freguesia” para designar uma paróquia.

 
Para os cristãos, sábado e domingo são realmente os dias finais da semana (já que domingo é o sétimo dia, o dia de descanso do Senhor). O problema é que, por causa do nome “segunda-feira”, o falante do português acha que, por isso, domingo seria o primeiro dia da semana, quando, na verdade, é o último. Para os judeus, sábado é o último dia da semana.
 

Deverá estar nas bancas esta semana a revista Mundo Estranho, em que falo a respeito disso. O estudo dos nomes dos dias da semana em várias línguas (em hebraico, os dias da semana também são numerados, como em português, exceto para eles o sábado e para nós o domingo) estará no meu próximo livro Crônicas linguísticas.
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POEMA DE NEI DUCLÓS

14/8/2015

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SUMIÇO

 

 Descobri que não existo

 

 me procurei nos arquivos

 

 nenhuma prova de vida

 

 a certidão de batismo

 

 número de registro

 

 serviço, cidadania

 

 RG, vacina, CIC

 

 ou boletim dos maristas

 

 a mais pálida biografia

 

 nem mesmo o mínimo risco

 

 em moldura, pergaminho

 

 nenhum resto ou resquício

 

 rastro, pegada, pista

 

 uma citação em livro

 

 reportagem ou convite

 

 blasfêmias, um panegírico

 

 

 

 Tudo passou em branco

 

 na limitação do limbo

 

 que por sua vez foi extinto

 

 e o nada ficou pulsando

 

 numa precoce demanda

 

 que temos de apocalipse

 

 distância de paraíso

 

 condenação decidida

 

 num apagado rabisco

 

 sem memória ou serventia

 

 desvivi, foi pelo avesso

 

 que tomei conhecimento

 

 pois como posso saber

 

 de um fato tão sinistro?

 

 se não passei pela terra

 

 como sou sem ter nascido?

 

 

 

 Foi excesso de carinho

 

 me disse um anjo metido

 

 ganhaste tudo na infância

 

 prêmio por ser parido

 

 mãe que tudo provia

 

 pai montado no estribo

 

 em generosa família

 

 com banquetes aos domingos

 

 Páscoa, Natal, Corpus Christi

 

 carnaval, caça às perdizes

 

 o excesso gastou cedo

 

 o que devias ter sido

 

 por isso nada restou

 

 do teu perfil sem sentido

 

 ainda poderás ler

 

 estas absurdas linhas

 

 mas é só, és um problema

 

 sumirás, definitivo

 

 no final deste poema

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COMENTÁRIOS DO ROLDÃO

14/8/2015

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Franglais

Infelizmente nem a França escapa dos anglicismos desnecessários. E olhe que lá existe até um dicionário de equivalências em francês, oficializado por legislação específica que proíbe o uso de termos estrangeiros. Pelo visto não "pegou".

No que é chamado de franglais, emprega-se, por exemplo, booster (aumentar, estimular), budget (orçamento), building (construção), business (negócio), camping (acampamento), caravaning (acampar com treiler/reboque), carjacking (roubo de automóvel a mão armada), challenge (desafio), chewing gum (chiclete), customiser (adaptar), docker  (estivador), fioul (óleo combustível = fuel oil), handcapé (deficiente físico), hold-up (assalto a mão armada), job (emprego), karting (área para usar karts), kidnappeur (seqüestrador de crianças), label (bandeira, marca), lifteur (ascensorista), match (partida, jogo), OK, parking (estacionamento), pickpocket (batedor de carteiras), planning (planejamento), run ("pega" ou “racha” automobilístico), start up (começar), shopping (fazer compras), shampooing (usar xampu), sponsor (patrocinador), sponsoriser (patrocinar), station-service (posto de combustível), standing (nível sócio-econômico), stopper (pedir carona; parar, no trânsito), week-end  (fim-de-semana), entre outros.

                                                                                Parabéns para você

Na França, por outro lado, usam cantar Joyeux Anniversaire em vez de traduzirem o Happy Birthday to you, como fazemos aqui no Brasil. É bom lembrar que temos pelo menos duas canções brasileiras de aniversário — uma delas de autoria de Villa Lobos — porém ambas desconhecidas de todos. No Rio Grande do Sul, cantam um Parabéns Gaúcho (ainda bem).
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OS PEIXES DE ÉFESO                        (Para Ivan Junqueira, poeta dos rios.)

14/8/2015

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Quando Heráclito pescava em Éfeso,

o velho rio, sempre renovado,

lhe levava novos peixes,

seres esguios, bichos macios,

purificados à mesa pelo sal,

tornados proteína para o corpo,

tônico para a mente

e refrigério para a alma.

O rio sumia sem esperar o breu

e renascia antes de refletir o sol:

apenas corria para a frente,

deslizando para nada,

como uma serpente sem ninho

pra onde nunca voltar.

O pão posto à mesa desmanchado,

o tubérculo do triunfo apodrecido

e a dor da perda descomposta,

como antes a fome à mesa posta.

O rio de Heráclito flui em Éfeso,

assim como a cidade e seu nome.

 

Somos,

como ele foi,

os peixes dele:

sol na água,

sal da terra,

dor de fogo,

cor de céu.

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PAÍS SÉRIO

14/8/2015

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Enquanto no Brasil assassinos estupradores como os do caso no Piauí pegam no máximo três anos de internação com reavaliação semestral que pode libertá-los muito antes, e ainda matam a pancadas o delator do grupo na susposta “cela”, a promotoria de Santa Cruz, no litoral da Califórnia, no oeste dos Estados Unidos, informa que um criminoso de 15 anos será acusado como adulto por abusar sexualmente e matar uma menina de 8 anos em um condomínio da cidade.

 

De acordo com a investigação, a garota Madyson Middletonm, que andava de patinete em área do conjunto de apartamentos onde morava, conhecia o acusado, Adrián Jerry González (sim: podemos dizer seu nome), que a enganou para levá-la ao local onde vivia com os pais e cometer os crimes.

 

Ela foi amarrada, agredida, estrangulada e abusada sexualmente antes de ser morta pelo monstro, que depois jogou o corpo em um container de reciclagem de lixo que ficava em uma garagem.

 

Por ser menor de idade, ele só não pode receber a pena de morte, mas até prisão perpétua, sim.

 

País sério é outra coisa.


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POEMA DE CELSO JAPIASSU

10/7/2015

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ADÁGIO

 
O vento suave soprava cedo nas manhãs.

Depois se misturava à poeira e se transformava em redemoinhos.

Suspendia folhas ao sol, transformava a cor dos horizontes.

Concebia os tons de uma paisagem que se estendia no deserto,

lugares ermos, desconhecidos, vistos em algum sonho alucinado.

Durante as madrugadas havia silêncios cobertos pela noite,

longe da imaginação, segredos nunca revelados.

Caminhos encobertos de plantas, pontos de fuga,

lugares onde se encontravam fontes,

início das viagens, sons agudos,

sono de crianças que um dia nascerão.

São assim, como foram,

antes de existirem sombras e sereno sobre as dunas

que se movem e se afastam com a ventania,

desfazem-se,

transformam-se em mares de areia.

Sussurros no silêncio de águas profundas,

onde os peixes se devoram construindo símbolos,

noturnas traduções,

nuances em que a vida se constrói.

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O TREM ITABIRANO...

10/7/2015

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...esquenta os trilhos e, em resumo, traz:

 
Em texto só agora revelado, guardado em Itabira por 35 anos, Carlos Drummond de Andrade sentou a pua na imprensa itabirana, “dependente da empresa Vale, como os políticos locais”.


Uma homenagem ao escritor Eduardo Frieiro, grande intérprete da cultura mineira. Chamou Drummond de “esgrouviado com cara de infusório”.

 
Damon de Sena mutilou o Festival de Inverno de Itabira: decepou o orçamento, não captou patrocínio, perdeu o da Vale e fez evento apenas local. É o Festival da Depressão.

 
Padre Lopão com empregada na cama: um caso ótimo protagonizado pelo monsenhor que marcou época em Itabira.

 
Turismo itabirano: nada em trinta meses. Em dois anos e meio de gestão, não houve sequer um avanço digno de nota.

 
Uma revelação da campanha eleitoral de Damon: saiba quem escreveu aquele texto “É preciso dizer não à corrupção”.

 
Serpente de ferro rangendo, esqueleto de aço chacoalhando na estação de minha infância, de meus sonhos e inquietações. Raquel Naveira cronica o mais charmoso, poético, seguro e gostoso meio de transporte: o trem.

 
Saiba algumas perguntas que o jornalistas itabiranos não têm coragem de fazer ao prefeito de Itabira.

 
Para Cuba progredir, sugeri a três generais, tem de falsificar calças Lee e importar cinquenta portugueses e cem baianos. Deliciosa crônica de Mouzar Benedito.

 
Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade despeja lixo televisivo no palco do Centro Cultural: personagem de A Praça é Nossa, programeco rasteiro do SBT.

 
Itabira está padecendo de problemas medievais - até ataques de cães nas ruas.

 
Era a ditadura e ele teve esta ideia: atirar, do décimo andar, um coquetel molotov nos policiais. Por Sylvio Abreu.

 
Monteiro Lobato deveria ser nome de faculdades, fundações, ruas, avenidas, aeroportos, e não os políticos populistas, ditadores implacáveis, sempre a conspirar contra o povo, inimigos da cultura e da educação, apedeutas espirituais... Bronca de Nagib Anderáos Neto.

 
Fernando Jorge foi ser entrevistado por Clodovil na TV Gazeta e presenciou cenas hilárias e um fora incrível do estilista. Ele conta tudo.

 
Você conhece o bichinho Demodex? Não, há alguns em seu rosto neste momento. Quem nos apresenta esse micro danadinho é Ulisses Tavares.

 
Santa Engrácia, a padroeira daquilo que não tem fim, conta Hermínio Prates.

 
Julieta de Godoy Ladeira, notável escritora, lembra Caio Porfírio: “Com a idade avançando, ela ia se tornando amargurada; deixava escapar certa rispidez e renitências...”

 
Um grande escritor perguntou a Marcos Caldeira Mendonça qual presente ele gostaria de ganhar no aniversário de 10 anos dO TREM. Que os itabiranos, respondeu, aprendam a identificar seus algozes e parem de bater palmas para quem devia estar na cadeia.

 
E mais e mais e mais na edição de julho dO TREM, já na praça.


PORQUE JORNAL SÓ HÁ DE DOIS TIPOS: chapa-branca ou chapa-quente.

 
Se você é assinante, seu jornal já está a caminho, quentinho e gostosinho.  

 
Se não é, pode consertar isso agora pelo otremitabirano@yahoo.com.br.

 
Apenas 84 reais e recebe o ano todo o jornal de Itabira que o Brasil assina, lê e admira. 


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CARLOS PENA FILHO IN "LIVRO GERAL"

6/7/2015

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A Solidão e Sua Porta

      

Quando mais nada resistir que valha

a pena de viver e a dor de amar

e quando nada mais interessar

(nem o torpor do sono que se espalha),

 

quando, pelo desuso da navalha

a barba livremente caminhar

e até Deus em silêncio se afastar

deixando-te sozinho na batalha

 

a arquitetar na sombra a despedida

do mundo que te foi contraditório,

lembra-te que afinal te resta a vida

 

com tudo que é insolvente e provisório

e de que ainda tens uma saída:

entrar no acaso e amar o transitório.

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